laboratório Parke-Davis sob nada menos que quinze diferentes formas, incluindo cigarros, injetável e para ser aspirada. Além do Parke-Davis, outras companhias ofereciam kits sofisticados de cocaína, que incluíam até seringas hipodérmicas. A empresa orgulhosamente anunciava seu produto apregoando que "substitui a comida, torna o fraco corajoso, o silencioso loquaz e torna a dor suportável".
Peru, produziu um extrato que, misturado ao vinho comum, gerou o "Vinho de Coca Mariani". Esta bebida tornou-se um sucesso imediato, com a sua publicidade apregoando que o produto libertava o corpo do cansaço, elevando o espírito, criando uma sensação de bem-estar. A fama conferida por seu vinho levou Mariani a ser condecorado com uma medalha pelo Papa Leão XII, um reconhecido adepto da bebida. Do outro lado do oceano, John Pemberton de Atlanta, Geórgia, comerciante de uma série de panacéias para males do fígado e problemas respiratórios, observando o sucesso do vinho Mariani, desenvolveu, em 1885, um novo produto ao qual denominou "Vinho Francês de Coca - o estimulante e tônico dos nervos", conforme slogan próprio. Pouco tempo depois, Pemberton modificou a fórmula de seu medicamento, transformando-o numa bebida soft, que foi rebatizada como Coca-Cola.
Até 1903, a Coca-Cola era basicamente vinho de coca. A partir daí foi novamente modificada, perdendo então os extratos de folha de coca e mantendo apenas o seu sabor característico.
Após alguns anos, numa tentativa de controlar a comercialização e o uso desenfreado de drogas, surgiram nos Estados Unidos o Harrison Act e a chamada Lei Seca (1918), uma Emenda Constitucional que vigorou até 1933. Esta última ocasionou, como reflexo, um aumento notável na criminalidade. A revogação da Emenda foi um duro golpe no movimento de temperança e mostrou a irrealidade de uma sociedade totalmente abstêmia.
Determinados períodos de uso/abuso de substâncias podem ser considerados como ciclo da droga, conceituado como período sócio-histórico, tempo-dependente, no qual uma nova droga ou um modo "inovador" de utilização de uma droga é introduzido e adotado por grande número de pessoas. Seu uso institucionaliza-se em certos segmentos da população.

O abuso de drogas é bastante influenciado por surtos nos quais pessoas consideradas de alto risco iniciam seu uso e tornam-se usuárias regulares de drogas específicas, até que, após um determinado período, este uso fique institucionalizado; as populações não-usuárias tendem a se ajustar à presença das usuárias e a seus novos padrões de consumo. Um ciclo da droga envolve tipicamente uma substância específica (maconha, cocaína) ou uma nova forma de uso (ex.: fumar a cocaína sob a forma de crack), que não existia ou era muito rara antes de sua introdução.

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