O consumo de drogas, substâncias psicoativas, crescem e fazem parte do
cotidiano de muitos jovens no mundo inteiro. Esta realidade não é diferente no
Brasil. Os jovens se envolvem com drogas cada vez mais cedo, o que pode
influenciar o seu futuro, a começar pela saúde física e mental, o jovem perde o
estímulo para o trabalho, para o estudo, abandonando escolas, empresas,
qualquer atividade antes vivenciada por ele, e acaba por viver em função do
consumo destas substâncias.
Em uma análise das informações que jornais e revistas de abrangência
estadual e nacional vêm divulgando sobre as implicações do uso de drogas para a
saúde, os anabolizantes e derivados anfetamínicos se destacam entre os
medicamentos utilizados como drogas de abuso. (NOTTO E BAPTISTA apud DAL
PIZZOL, 2006, p. 109)
Por outro lado jovens
praticantes ativos de exercícios físicos também podem tornar-se vítimas do uso
destas substâncias, como é o caso dos jovens que fazem o uso de anabolizantes
para conseguir o corpo de seus sonhos mais rapidamente, para serem aceitos no
meio em que vivem, pois os valores desse meio estão relacionado ao físico.
Assim como outros indivíduos também podem ser vitimados, fazendo parte de
estatísticas relacionadas as crianças em fase escolar que acabam seduzidos por
outros e acabam tornando-se consumidores destas substâncias, outro fator
apresentados por pesquisadores é o uso de álcool e tabaco em escolas, já estas
drogas são lícitas, ou seja, não são proibidas.
Estudos transversais sobre o uso de substâncias psicoativas por
crianças e adolescentes em fase escolar têm fornecido informações valiosas sobre
a prevalência e magnitude dessa prática. Pesquisas com base populacional
realizadas nos grandes centros urbanos mostram que o álcool e o tabaco são as
drogas lícitas mais utilizadas entre escolares brasileiros. (GALDURÓZ, 1997)
Esta pesquisa de Galduróz
traz um levantamento sobre o uso de drogas entre os jovens de 1º e 2º graus em
10 capitais brasileiras, revelando que os jovens consomem álcool e cigarro, e
indica que a licitude destas substâncias facilitam esse consumo entre os
jovens, pois não há punições a quem utilize delas.
Poucos estudos, entretanto, têm revelado o comportamento em relação ao
uso abusivo de medicamentos psicotrópicos por crianças e adolescentes. Em
cidades localizadas no interior, onde características sócio-culturais,
econômicas e ambientais podem influenciar no perfil da drogadição, as
evidências são ainda mais escassas. (GUIMARÃES E GODINHO apud DAL PIZZOL, 2006,
p. 110)
Já o estudo de Dal Pizzol trata do uso não-médico de medicamentos
psicoativos entre os jovens estudantes do ensino fundamental e médio no Sul do
país. Esta seria outra realidade em nosso país, além do álcool e tabaco
(nicotina) os medicamentos também são utilizados na busca do prazer, da
socialização, do alívio, de uma forma de realização do jovem, segundo o autor
fatores sócio-culturais, econômicos e ambientais estão intimamente ligadas as
causas.
Em se tratando da prevenção ao uso indevido de drogas
entre estudantes, muitas publicações destacam a necessidade que a escola tem de
ensinar para a vida e assumir a implementação de um programa continuado,
formado de princípios e propósitos alcançados em etapas bem definidas e
planejadas e que sejam mais que um mero repasse de informações intra ou
extracurriculares sobre os malefícios diversos destes produtos. Um conjunto de
ações articuladas que busquem a valorização da vida e o desenvolvimento humano
é fundamental para que o adolescente tenha como se posicionar de modo mais
consciente frente a esta problemática. (MARIZ, 2005, p. 49)
A pesquisa de Mariz feita no Maranhão, também relata o uso de
medicamentos psicoativos pelos estudantes de ensino médio. Em seu estudo Mariz
relata a importância da escola em apresentar valores, princípios, promovendo
alternativas para o esclarecimento aos jovens das conseqüências do uso destes
medicamentos, do comprometimento de seu raciocínio, mantendo uma posição frente
a estes desafios cotidianos, a escola buscando alternativas e ações de
desenvolvimento humano.
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