Da
mesma forma que amplitudes das ondas em cordas podem ser somadas algebricamente
de acordo com o princípio da superposição, as amplitudes de ondas bidimensionais
que atravessam a mesma região do espaço também se somam algebricamente. Essa
soma dá origem ao fenômeno da interferência. A figura a seguir mostra uma
configuração típica de interferência.
Nessa
figura, duas ondas bidimensionais circulares, de mesma frequência, são g eradas
nos pontos A e B, representadas por linhas circulares pretas
(geradas em A) e azuis (geradas em B). As linhas circulares
contínuas representam cristas; as tracejadas representam vales. As linhas
laranja, que passam pelos círculos pretos, representam regiões em que as
cristas ou os v ales de ambas as ondas se cruzam e suas amplitudes se somam —
observa-se a interferência construtiva. As linhas verdes, que passam
pelos círculos brancos, representam regiões em que as cristas de uma onda cruzam
com os vales da outra, reduzindo a amplitude resultante — observa-se a interferência
destrutiva. Note que, do modo como foi construída a figura, a distância
entre duas linhas cheias ou tracejadas, sucessivas, é igual a um comprimento de
onda (λ) e a distância entre uma linha cheia à linha tracejada sucessiva (ou
vice-versa) é meio comprimento de onda. Assim, podem ser obtidas duas relações
importantes para localizar pontos de interferência em configurações de ondas
estacionárias desse tipo:• se a diferença, em módulo, entre as distâncias das fontes
(A e B) a esse ponto for um múltiplo inteiro do comprimento de
onda, a interferência é construtiva (é o caso do ponto P);
se essa diferença
for um múltiplo inteiro de meio comprimento de onda, a interferência é
destrutiva(é o caso do ponto Q).Muitas vezes a figura de interferência é
obtida a
partir da difração
— é o c aso em que uma onda plana passa por duas fendas em um mesmo anteparo,
da figura abaixo:
A difração em cada fenda (F1 e F2) faz com que ela se torne uma fonte de uma nova onda, e estas
se superpõem formando a figura de interferência.
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